O Processo da Cura Reconectiva
Acredita-se que as frequências da Cura Reconectiva sempre existiram no universo, mas só agora começam a estar disponíveis para a humanidade no nosso planeta. Segundo Eric Pearl e vários investigadores, numa sessão de cura reconectiva há três elementos que se ligam numa determinada equação, a saber: o campo energético universal, o campo energético do praticante e o campo energético do cliente. O praticante de cura reconectiva coloca em acção a sua consciência, conhecimento e sensibilidade para se tornar um receptor das frequências provenientes do campo energético universal e canaliza-as para o campo energético do cliente deitado na marquesa, tornando-se o veículo de um corrente vibratória. E assim o cliente entra num nível vibratório que transmuta as suas partes mais densas, designadamente os seus problemas de saúde, ocorrendo a cura dos mesmos. Para isso o cliente precisa estar consciente, aberto e receptivo à interacção do seu campo energético com o campo energético do praticante e o campo energético universal.
Cada sessão tem a duração aproximada de 30 minutos – é o tempo durante o qual cliente permanece deitado sobre uma marquesa e o praticante faz percorrer as suas mãos por cima do corpo do cliente, a uma certa distância, sem estabelecer qualquer contacto.
Todavia as mãos do praticante não deambulam sobre o corpo do cliente ao acaso. O praticante é guiado ao longo do corpo por dois indicadores: o grau de intensidade da sensação energética nas mãos e as reacções observáveis no cliente. É por via desses indicadores que o praticante reconhece as partes do corpo em que o seu trabalho energético deve ter maior incidência.
As reacções observáveis - que são involuntárias ou reflexas -, designam-se registos e, de acordo com Eric Pearl, os mais comuns são os seguintes:
- movimento rápido dos olhos (REM – rapid eye movement), que pode manifestar-se em termos de movimento das pálpebras ou dos próprios olhos. Este movimento é característico da fase onírica do sono, mas aqui a causa é bem diferente;
- mudanças respiratórias – a respiração pode tornar-se rápida, lenta, profunda, irregular podendo a pessoa passar por períodos de ressonar, estando contudo acordada e consciente do som (mas há casos em que o cliente adormece – já aconteceu na minha experiência);
- engolir – engolir com uma frequência e ruído não usuais, podendo este registo desvanecer-se com o avançar da sessão;
- lágrimas – ocorrem na face de forma inesperada, não sendo todavia manifestação de tristeza, mas antes de um estado emocional de paz e felicidade;
- riso – manifesta-se de forma espontânea, por vezes sem que pessoa saiba explicar porquê;
- movimento dos dedos das mãos;
- rotação da cabeça e movimentos corporais;
- ruídos internos do corpo, designadamente do estômago.
Quanto ao número de sessões, Eric Pearl indica 3 como referência, mas acrescenta que podem ser mais ou menos consoante o cliente.
A Nossa Prática de Cura reconectiva
As sessões de cura reconectiva que realizo processam-se do seguinte modo. A pessoa que chega senta-se num sofá e eu sento-me noutro sofá à sua frente. Aí trocamos algumas palavras de modo informal por um curto período de tempo. A pessoa pode falar de si, pôr questões; eu respondo às questões e explico o que vamos fazer. Quando sinto que a pessoa está totalmente tranquila e confiante peço-lhe que se dirija à marquesa que fica noutra secção do mesmo compartimento. Depois de a pessoa estar sobre a marquesa, coloco sobre o seu corpo uma cobertura leve, que pode prevenir algum eventual arrefecimento do corpo, mas que se destina principalmente a proporcionar à pessoa sentimentos de protecção, segurança e conforto. Antes de lhe pedir que feche os olhos, recomendo-lhe que se mantenha observadora do que poderá ocorrer consigo e em particular no seu corpo.
Em seguida, reconheço as frequências reconectivas nas minhas mãos e, durante cerca de 30 minutos, reenvio essas frequências para o corpo do paciente, circulando em torno da marquesa. Esse processo desenvolve-se em comunicação com o cliente, fazendo eu incidir mais fortemente a acção das minhas mãos nas partes do corpo que mais reacções observáveis desencadeiam e naquelas em que que é maior a intensidade da sensação energética provocada nas minhas mãos.
Desde os primeiros casos que comecei a receber para tratamento de cura reconectiva têm estado presentes quase todas as reacções observáveis (visíveis ou audíveis) no paciente, tal como são descritas pelo Dr. Eric Pearl no seu livro A Reconexão[i]. Têm estado igualmente presentes, nos relatos após cada sessão, as sensações típicas do paciente, descritas pelo mesmo autor. Apresento a seguir dois casos.
A Ana (53 anos)
A Ana (nome fictício) explica na primeira sessão que vive em stress e inquietação interior constantes. O facto de, ao fim de um ano, ainda não ter conseguido acomodar uma nova dentição, com a qual não se identifica e que continua a sentir como corpo estranho, introduziu uma tensão e mal-estar adicionais. Pretende conquistar a paz, a tranquilidade e ser uma melhor pessoa.
Na sua primeira sessão foi possível observar um franzimento rítmico da testa muito intenso, os seus olhos fechavam-se fortemente e relaxavam (ao mesmo ritmo do franzir da testa), engolia muito no início, na sua face ocorriam movimentos involuntários, ouvi ruídos internos do seu corpo, abria as narinas de vez em quando, teve alterações de ritmos respiratório, por alguns breves períodos ressonou e por umas duas vezes abanou a cabeça. No final da sessão suspirou profundamente e deu uma gargalhada de satisfação. As sensações que refere são: os músculos da cara a serem repuxados; aperto na garganta; alguém parecia estar a puxar-lhe o pescoço; “sensação de respiração profunda sem movimentos da barriga”; comichão no nariz; sentir-se empurrada de um dos lados do corpo enquanto do outro havia resistência; sentir-se ser empurrada para cima parecendo que ia descolar da marquesa. Diz que foi muito agradável e que durante todo o tempo se sentiu muito bem.
Na segunda sessão, realizada um dia depois, os registos por mim observados são em menor número e com menor intensidade: movimentos dos olhos; o franzir da testa; diferentes expressões da face com movimentos involuntários; ruídos internos; e alterações do ritmo respiratório. No final suspira, aparentemente ofegante, contudo sorridente, parecendo ter saído de um esforço que lhe permitiu alcançar algo de muito bom. Diz que desta vez sentiu as coisas de modo diferente. Houve uma sensação de envolvimento no início, como que estando a ser “embrulhada carinhosamente por algo quentinho e protector”. Refere ainda as seguintes sensações: a cara a mexer-se e a sair do sítio; o olho direito a ser empurrado para fora do corpo juntamente com carne e músculos da face; vento forte que empurrava o corpo do lado esquerdo; resistência, do lado direito, a essa sensação de movimento; o corpo mais pesado do lado direito, quando eu passei para esse lado da marquesa. Quis levantar as mãos mas não pôde por sentir que não era da sua conta o comando daquele processo.
Na terceira sessão os registos por mim observados enquadram-se no padrão dos ocorridos nas anteriores sessões: diferentes expressões da face com movimentos involuntários; o franzimento rítmico da testa; o fechar forçado dos olhos seguido de relaxamento; ruídos internos. Reparei especialmente num sorriso inicial de paz e felicidade. O final exclama que “foi muito agradável, muito bom”, e que de novo se sentiu a ser cuidadosamente embrulhada. Acrescenta que viu alguém que veio e desapareceu.
A Manuela (54 anos)
A Manuela (nome fictício) compareceu para a primeira sessão num estado de grande prostração, falta de força e energia, com um descontrolo da tiróide que durava há 4 meses – apresentava o lado esquerdo do pescoço bastante inchado. A medicação não estava a resolver a situação: quando se medicava ficava com hipertiroidismo e quando reduzia a medicação ou a suprimia passava para hipotiroidismo. Segundo a médica de família, o seu estado mental e emocional recomendava que consultasse um psiquiatra, o que provavelmente daria lugar à prescrição de nova medicação, sem que o problema da tiróide tivesse sido resolvido.
O seu padrão de registos na sessão de cura reconectiva é claramente menos exuberante do que o da Ana. Na primeira sessão, posso observar o mexer das pálpebras, o engolir - no início -, ruídos internos, alterações do ritmo respiratório, respiração de sono aparente por um curto período de tempo, algumas alterações de expressão facial, o movimento involuntário de um pé e na parte final um modo de expiração em forma de sopros que forçavam o entreabrir dos lábios com um estalido. À excepção das alterações de ritmo respiratório, os registos manifestam-se com bastante menor intensidade do que no caso anterior.
No final a Manuela diz sentir-se muito relaxada e refere ter passado pelas seguintes sensações: dor no pescoço; duas pedras pareciam sair da cabeça; fluxo de algo de um dos lados do corpo desde a cabeça até ao pé, percorrendo toda a perna; visão de um fluxo de cores, mudando de cinza-negro para roxo lilás.
Na segunda sessão os registos são ainda mais ténues: ruídos internos, engolir e a expiração em bufos, como na anterior sessão. No final diz que sentiu uma forte sensação de alívio no pescoço, centrado ao lado esquerdo, parecendo que algo irradiou para face e para o ombro, braço e costas, arrepanhando os músculos; terá sido uma tensão forte que se foi desvanecendo gradualmente.
Na terceira sessão os registos são também escassos e de fraca intensidade. No final começa por referir que viu cores, começando por um tom escuro, passando a anil seguido de uma luz branca e uma intensa claridade. As cores são acompanhadas de alguma confusão, parecendo que muitas coisas soltas vinham à cabeça, mas algo as impedia de entrar. Seguindo a sua descrição, teve uma forte sensação em todo o lado esquerdo do corpo, estando ainda com o braço e perna dormentes. No braço esquerdo havia um foco de pressão intensa sobre os músculos.
É interessante notar que, apesar da fraca intensidade e frequência dos registos observados, os relatos da Manuela, no final das sessões, são muito ricos, com detalhes curiosos.
No que diz respeito à sua condição de saúde, a Manuela apresentou-se na 2ª sessão (um dia depois), sem o inchaço que trazia no pescoço na sessão inicial, e na luminosidade do seu rosto e dos seus olhos estava bem patente uma transformação radical. Na 3ª sessão (um dia após a segunda) esses traços acentuaram-se, a sua presença era agora sorridente e bem humorada. A minha referência à condição da tiróide e à possível ida ao psiquiatra quase foram encaradas com estranheza, como se estivessem já muito distantes no tempo e não fizesse já sentido sequer pensar nisso.
Em conclusão, ficou resolvido em apenas 3 dias, um problema que se arrastava há 4 meses, com grande mal-estar físico, mental e emocional, e em relação ao qual se perspectivava um acompanhamento psiquiátrico.
PS:. Leia aqui o testemunho da Manuela.